A 1ª Conferência Nacional de Comunicação da Cidade de São Paulo, realizada neste último fim de semana (dias 13 e 14) poderia ter sido muito mais proveitosa e estimulante, não fossem dois cruciais problemas:
1º - a divulgação se limitou aos movimentos sociais organizados
Se estamos tratando de um evento de elevado grau de importância, haja vista a falta de entendimento das pessoas sobre como eleger corretamente seus representantes públicos, como limitar as discussões a grupos politicamente formados?
Todas as vezes que eu era abordada no evento, me perguntavam: “de que movimento você é?” Quando eu respondia “de nenhum”, as pessoas me olhavam como se eu fosse uma estranha ali, como se me perguntassem, “o que você está fazendo aqui, então?”
Por que não houve uma divulgação ampla e não foram convidados todos os cidadãos? Com a palavra os organizadores.
2º - Apresentação das propostas
Faltou organizar o formato da apresentação das propostas e a participação do público. Com a apresentação feita em forma de leitura de algo que a platéia não visualizava, houve muita dispersão.
Além disso, o número de propostas por grupo deveria ter um limite máximo, priorizando-se ao mais prováveis de serem discutidos nas demais conferências. Assim, os grupos teriam o trabalho de organizar melhor e formular melhor cada uma. Vale lembrar que propostas mal interpretadas e mal formuladas podem nem serem consideradas.
Enfim, um evento como esse, se fosse bem divulgado e organizado, teria a força necessária para fazer valer a voz de São Paulo. Notei que a equipe organizadora teve a melhor das intenções, mas as falhas ocorreram e poderiam ser evitadas.
Saiba como foi o evento.
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