Ontem (10/nov), alguns deputados, entre eles Carlos Neder, fizeram uma homenagem a David Capistrano, pelos 10 anos de seu desaparecimento. O evento foi na Assembléia Legislativa de São Paulo.
Foi uma homenagem muito justa, afinal, ao que se sabe, seu trabalho como médico, secretário de saúde de Santos e depois como prefeito foi totalmente louvável.
Me lembro de minha mãe elogiando o trabalho de David Capistrano. Meus pais moravam em Bertioga, que era um distrito de Santos ainda. Antes, quando eles precisavam de médicos, eu os levava ao Guarujá, pois ali era muito difícil encontrar especialistas.
Quando a Telma de Souza foi prefeita, e nomeou Capistrano secretário de saúde, tudo foi mudando. Os postos de saúde de Bertioga viraram mini hospitais, com médicos de várias especialidades, equipamentos e profissionais para exames, atendimento de primeira qualidade. Meus pais nem precisaram mais de convênio médico, que era muito caro, por sinal, pela idade deles. Eles faziam prevenção, inclusive. E, de vez em quando, o David Capistrano, tanto como secretário quanto como prefeito, aparecia por lá. Cumprimentava a todos, falava com os familiares e os pacientes. Levava conforto a todos. Lembro-me das palavras da minha mãe: "nunca vi na minha vida um prefeito fazer isso".
Quando Bertioga se tornou um município, tudo mudou. Foi visível. Meses depois da posse do novo prefeito, José Mauro Dedemo Orlandini, que foi administrador do distrito, tudo mudou. Aquele posto de saúde, voltou a ser um "posto de saúde". O piso voltou a ser sujo, com várias marcas de sapatos cheios de barro. Os aparelhos, não se sabe por que, sumiram. Médicos? Somente plantonistas. Somente clínicos. Quem precisasse de especialistas...
Pouco tempo depois, soube-se da morte de David Capistrano. "Agora é que não vai ter jeito mesmo...", diziam alguns moradores.
Pela minha mãe, que também já se foi, presto aqui minha homenagen a esse cidadão, que além das várias qualidades, era um médico.
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