Tudo bem que o título afirma que a informação é do MEC, mas aqui prá nós, isso é título que se apresente? Sabe a impressão que dá ao ler esse título? Que o salário do professor tá muito bom. E quem não sabe que isso não é verdade? Todo mundo! Então, como fica a imagem do veículo que publicou esse título? Péssima. Desacreditada.
Mas, vamos lá às interpretações do texto. Logo no primeiro parágrafo, o autor (jornalista, presumo) informa que o salário dos professores da rede pública subiu de R$ 994 para R$ 1.527. Peraí, isso é salário? 100% a mais, seria um bom salário para um professor? Claro que não! É preciso incentivar o aumento efetivo, de forma que o salário passe a ser justo e não dizer que houve um aumento de 53%.
Logo em seguida, ainda no mesmo parágrafo, o texto diz que em Pernambuco o salário médio é de R$ 982 e que no Distrito Federal chega a R$ 3.360. O primeiro é muito baixo, mas o segundo ainda não tá bom.
Aí, vem o veículo (se defendendo) e diz: “mas nós informamos que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) contesta e pretende divulgar uma resposta oficial sobre a pesquisa divulgada pelo MEC.” Ok, mas não é isso o que está em primeiro plano. É de que o salário de professor subiu 53%.
O professor, sobretudo do ensino básico, deve ser muito valorizado. Ele está lidando com a formação de um indivíduo. Isso é muito sério. A responsabilidade é muito grande. E o salário deve ser condizente.
Enquanto essas causas não tiverem o apoio da imprensa, só a força da sociedade civil será insuficiente e, com isso, serão mais lentas ainda as ações.
Dia desses, ouvi no rádio a informação de um ouvinte que morou no Japão e que dizia que o imperador só faz referência a um profissional: o professor.
A notícia é do Terra.
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