sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Senac lança dois novos cursos de pós em Comunicação

Em primeiríssima mão, anuncio duas pós-graduações em Comunicação que o Senac-SP (Lapa-Scipião) estará lançando em 2011. Confira

- Produção e Gestão Jornalística:
Especialização (Lato Sensu) jornalística a profissionais de outras áreas, que desejam atuar como repórteres, editores, colunistas, comentaristas etc. O curso deverá contar médicos, advogados, economistas, engenheiros, arquitetos, entre outros, os quais terão entendimento geral da prática jornalística.
Os temas abordados serão planejamento editorial, técnicas de apuração, entrevistas, edição, redação etc.


- Gestão da Comunicação Integrada
Este curso de pós-graduação Lato Sensu vai formar gestores  com visão multidisciplinar da comunicação integrada no ambiente corporativo, tanto de empresas quanto de agências de comunicação. O aluno terá uma visão ampla dos segmentos da comunicação. Para isso, terá em um mesmo curso visão de marketing, planejamento, assessoria de imprensa, RP, comunicação interna, branding, análise do ambiente contemporâneo, canais, redes de relacionamento, entre outros.

Além desses dois cursos, terá também inscrições para novas turmas do curso de Gestão da Comunicação em Mídias Digitais. Este iniciou em 2010 e já conta com duas turmas.


Aguarde mais informações nos próximos dias no site do próprio Senac-SP.

Só posso adiantar que, SEM ZOEIRA, esses tendem a ser cursos de referência entre as pós de Comunicação.

domingo, 12 de setembro de 2010

Ombudsman da Folha comenta as injustiças do jornal com a Dilma

Depois de mais de 45 mil "tuits" contra a campanha anti-Dilma da Folha, Ombudman se manifesta.

Agora cabe a nós, eleitores ou não da Dilma, registrar a injustiça. Já que o público que lê o Ombudsman (creio eu) é infinitamente menor do que o que lê as chamadas de primeira página do jornal, precisamos reproduzir.

Vejam o texto do Ombudsman na folha de hoje:

OMBUDSMAN




SUZANA SINGER - ombudsman@uol.com.br @folha_ombudsman

O ATAQUE DOS PÁSSAROS

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A manchete de domingo desencadeou uma onda anti-Folha no Twitter, que o jornal ignorou

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A FOLHA VEM se dedicando a revirar vida e obra de Dilma Rousseff. Foi à Bulgária conversar com parentes que nem a candidata conhece, levantou a fase brizolista da ex-ministra, suas convicções teóricas e até uma loja do tipo R$ 1,99 que ela teve com uma parente no Sul. Tudo isso faz sentido, já que Dilma pode se tornar presidente do Brasil já no primeiro escrutínio que disputa.

Mas, no domingo passado, o jornal avançou o sinal ao colocar na manchete "Consumidor de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma". O problema nem era a reportagem, que questionava a falta de iniciativa do Ministério de Minas e Energia para mudar uma lei que acabava por beneficiar com isenção na conta de luz quem não precisava.



Colocar uma lupa nas gestões da candidata do governo é uma excelente iniciativa, mas dar tamanho destaque a um assunto como este não se justifica jornalisticamente.

Foi iniciativa de Dilma criar a tal Tarifa Social? Não, foi instituída no governo Fernando Henrique Cardoso. É fácil mexer com um benefício social? Não, o argumento de que faltava um cadastro de pobres que permitisse identificar apenas os que mereciam a benesse faz muito sentido. Existe alguma suspeita de desvio de verbas? Nada indica.

O lide da reportagem dava um peso indevido ao que se tinha apurado. Dizia que a propaganda eleitoral apresenta a candidata do PT como uma "eficiente gestora", mas que "um erro coloca em xeque essa imagem". Essa tem que ser uma conclusão do leitor, não do jornalista.



Uma manchete forçada como a da conta de luz, somada a todo o noticiário sobre o escândalo da Receita, desequilibrou a cobertura eleitoral. Dilma está bem à frente nas pesquisas de intenção de voto e isso é suficiente para que se dê mais atenção a ela do que a seu concorrente, mas, há dias, José Serra só aparece na Folha para fazer "denúncias". Nada sobre seu governo recente em São Paulo. Nada sobre promessas inatingíveis, por exemplo.

Os leitores perceberam a assimetria. Durante a semana, foram 194 mensagens à ombudsman protestando contra o noticiário, mas o maior ataque ocorreu no Twitter, a rede social simbolizada por um pássaro azul, que reúne pessoas dispostas a dizerem o que pensam em 140 caracteres. Até quinta-feira passada, tinham sido postadas mais de 45 mil mensagens anti-Folha.