sexta-feira, 31 de julho de 2009

Nunca concordei tanto com o Juca Kfouri como agora

O artigo intitulado "Deixem Jesus em paz" do Juca Kfouri, na Folha de S.Paulo de quinta (30/7) diz tudo o que eu e, creio, muita gente temos vontade de dizer. Essa história de jogador ficar falando um monte de palavrões e, na hora do gol, levantar a camisa e mostrar mensagens religiosas usando a todo momento o nome de Jesus ou Deus choca, inclusive com o que manda a bíblia.

Tá na hora de acabar com esse proselitismo religioso que toma conta do nosso futebol.

Abaixo segue um trecho do artigo.

"E como o santo nome anda sendo usado em vão por jogadores da seleção brasileira, de Kaká ao capitão Lúcio, passando por pretendentes a ela, como o goleiro Fábio, do Cruzeiro, e chegando aos apenas chatos, como Roberto Brum. Ninguém, rigorosamente ninguém, mesmo que seja evangélico, protestante, católico, muçulmano, judeu, budista ou o que for, deveria fazer merchan religioso em jogos de futebol nem usar camisetas de propaganda demagógicas e até em inglês, além de repetir ameaças sobre o fogo eterno e baboseiras semelhantes, como as da enlouquecida pastora casada com Kaká, uma mocinha fanática, fundamentalista ou esperta demais para tentar nos convencer que foi Deus quem pôs dinheiro no Real Madrid para contratar seu jovem marido em plena crise mundial. Ora, há limites para tudo. É um tal de jogador comemorar gol olhando e apontando para o céu como se tivesse alguém lá em cima responsável pela façanha, um despropósito, por exemplo, com os goleiros evangélicos, que deveriam olhar também para o alto e fazer um gesto obsceno a cada gol que levassem de seus irmãos... Ora bolas! Que cada um faça o que bem entender de suas crenças nos locais apropriados para tal, mas não queiram impingi-las nossas goelas abaixo, porque fazê-lo é uma invasão inadmissível e irritante. Não mesmo é à toa que Deus prefere os ateus."

Vale a pena ler.

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